Para Carmem Migueles, professora especialista no diagnóstico estratégico de ativos intangíveis organizacionais da EBAPE-FGV, as maiores oportunidades para a atração de empresas estrangeiras está em segmentos como cultura e arte. “Quando valorizarmos esse patrimônio imaterial, conseguiremos capturar um valor gigantesco para o que temos disponível em nosso território. O estado do Rio tem um potencial enorme, se olharmos para as demandas por bens e serviços e para a força da Indústria Criativa fluminense”, observou.

Segundo ela, são necessárias mudanças no modelo de gestão brasileiro para facilitar a adaptação das empresas internacionais e elevar a competitividade do país em nível global. “Temos um conjunto de recursos fantástico, mas há dificuldade de fazermos o alinhamento entre nosso capital humano, altamente preparado, e nossa riqueza natural. Precisamos aumentar o valor de nossos produtos e planejar o nosso posicionamento usando ao máximo a ideia do Rio como uma cidade festiva e acolhedora”, disse.

De acordo com Roberto Motta, professor especializado em Liderança e Gestão Intelectual, a tomada de decisão do investidor estrangeiro deve considerar as peculiaridades como o complexo ambiente regulatório nacional e o contexto histórico do país e do estado. Ele destacou que, apesar da burocracia e da crise econômica vivida por nós, há fatores positivos capazes de atrair o interesse de empresas internacionais.

“Antes de tudo, a empresa deve definir sua proposta de valor. O Brasil e o Rio de Janeiro têm muitas oportunidades de investimento em virtude do enorme mercado interno, da abundância de recursos humanos e naturais”, declarou o especialista.

Roberto Motta explicou que a tomada de decisão do investidor deve considerar o ambiente regulatório nacional e o contexto histórico do país e do estado (Foto: Fabiano Veneza)

Programa Doing Business in Rio

Com o objetivo de facilitar a entrada de empresas internacionais no estado do Rio, o IEL promove o programa Doing Business in Rio. No curso, executivos estrangeiros serão apresentados aos aspectos que distinguem a cultura brasileira, as diferenças entre gerir negócios no Brasil e em seus países de origem, entre outras informações estratégicas.

Alexandre dos Reis, superintendente do IEL, destacou o caráter pioneiro da iniciativa. “O programa é uma oportunidade ímpar de fornecer uma base de conhecimentos para o investidor internacional. Vivemos um momento crítico, mas trata-se apenas de um ciclo. Por isso, é importante discutir como ambientar as empresas que vêm de fora para se instalar em nosso estado”, afirmou.

Alexandre dos Reis destacou a importância do programa Doing Business in Rio (Foto: Fabiano Veneza)

De acordo com Marco Tulio Zanini, coordenador do Mestrado Executivo em Gestão Empresarial da EBAPE-FGV, o curso se diferencia por proporcionar mais do que a transmissão de conteúdo. “Já vimos na prática que muitos investimentos estrangeiros não deram certo no Brasil por falta de informações sobre como as coisas funcionam aqui. O curso é uma estratégia para a redução de riscos de quem vem fazer negócios no país e no estado do Rio”, pontuou.

Para mais informações sobre o Programa Doing Business in Rio, entre em contato pelo e-mail iel@firjan.org.br. O Fórum IEL: Doing Business in Rio aconteceu em 17 de março, na sede do Sistema FIRJAN.

Fonte: Sistema FIRJAN