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UMA DISCUSSÃO RESPONSÁVEL

Ao contrário do que muitos supõem, não é apenas no Brasil que se alocam recursos públicos para formação profissional. Mesmo países ricos e liberais, como a Alemanha, adotam a prática com êxito. Até os Estados Unidos, sob o Governo Obama, anunciaram recursos crescentes para o treinamento dos trabalhadores. A inovação tecnológica e as transformações da indústria requerem permanente atualização e reinvenção dos que desejam se inserir no mercado de trabalho.

É desolador para quem atua com ética deparar-se com uma enxurrada de generalizações irresponsáveis. Uma generalização cabe então sob medida para os críticos do Sistema S: nunca um de seus porta-vozes se dignou a comparecer em qualquer unidade de formação profissional do SENAI. Para os que não sabem o que o Sistema S realiza, fica o convite para que conheçam no Rio de Janeiro, in loco, a unidade de Benfica, onde é atendida a mão-de-obra do pré-sal. Ou o Centro de Tecnologia de Solda do Maracanã. Ou a unidade de Resende, que forma mão-de-obra para a indústria automobilística. Ou a revolução que se realiza com o Programa SESI Matemática.

Desde 1942, 61 milhões de trabalhadores se formaram a partir da atuação nacional do Sistema S. Só em 2014, foram 4 milhões de capacitações. É inconcebível prescindir de agente tão poderoso. São estes milhões de beneficiários sem voz que estarão desamparados se o modelo que os acolhe for golpeado. O golpe mais contundente se dá, na verdade, contra os trabalhadores que sequer têm voz para se defender.

São também grandes beneficiárias da formação profissional brasileira pequenas e médias empresas. Sem o Sistema S, elas se veriam incapacitadas a competir num ambiente de crescente sofisticação tecnológica. O Brasil deve ao Sistema S a possibilidade de contar com indústria diversificada, bem como a capacitação de gigantesco contingente ao longo de sete décadas. Ou seja, SENAI, SESI e suas unidades são parceiros indispensáveis ao desenvolvimento do país. 

É hora de delimitar a fronteira entre crítica responsável e má-fé. Assim como não se deseja que instituições como SESI e SENAI estejam sujeitas a injunções político-partidárias, é importante não trilhar caminho inverso para, em nome de motivações ideológicas, condenar modelo tão bem-sucedido como o da formação profissional no Brasil. O intuito não é interditar o debate, seja a respeito de alocação de investimentos ou transparência. Nem tampouco acobertar desonestidade de qualquer natureza (o que se deseja é vê-la sempre exposta e punida). O que se pede é um pouco de boa-fé ao tratar do Sistema S. A formação profissional é parte essencial do Brasil socialmente mais justo com que se sonha e pelo qual tanto se trabalha nas unidades do SESI e do SENAI em todo o Brasil.

Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente do Sistema FIRJAN

 

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